O prefeito Gilberto Kassab (PSD), o secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas, técnicos da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente e da Cetesb (órgão ambiental paulista) devem ir ao centro de compras às 17h de quinta.
Ontem (4), uma decisão da Justiça cassou a liminar que mantinha o estabelecimento aberto. O Lar Center e o Carrefour, localizados no mesmo complexo, também estão fechados em decorrência da medida.
Na manhã desta quarta, homens da GCM (Guarda Civil Metropolitana), representantes da Subprefeitura da Vila Maria e da Vila Guilherme e técnicos da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente estiveram no shopping para acompanhar o cumprimento da decisão judicial.
Alguns funcionários foram surpreendidos pela medida e acabaram impedidos de entrar. O Sindicato dos Comerciários realizou um protesto no local.
Rivaldo Gomes/Folhapress | ||
Center Norte amanhece fechado após decisão judicial; Sindicato dos Comerciários realiza protesto |
O Center Norte, que tem 331 lojas e estacionamento com capacidade para 7.000 vagas, afirma em seu site ser "o shopping de São Paulo que apresenta o maior volume de vendas por m² entre todos os empreendimentos da cidade". Cerca de 100 mil pessoas passam diariamente pelo local, que foi inaugurado em 1984.
IMPASSE
O Center Norte foi construído sobre um antigo lixão, onde há atualmente altas concentrações do gás metano, que é inflamável. Para a Cetesb, há risco de explosões.
O fechamento do centro de compras já tinha sido determinado pela prefeitura no último dia 26, quando a prefeitura multou o centro de compras em R$ 2 milhões e ordenou o fechamento em 72 horas, caso o shopping não cumprisse as exigências da Cetesb para drenar o gás de suas dependências.
Dois dias depois, o shopping firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público, se comprometendo a instalar oito novos drenos de gás em 20 dias. A prefeitura, no entanto, afirmou que a iniciativa era "insuficiente".
Na quinta-feira (29), a Justiça concedeu liminar para manter o Center Norte aberto. Mas na sexta (30), a Cetesb (órgão ambiental paulista) decidiu manter a multa diária de R$ 17.450 ao shopping, aplicada desde o dia 19 de setembro, por ainda não ter atendido às exigências feitas para instalação e operação do sistema de drenos.
Após recurso da prefeitura, a Justiça decidiu cassar a liminar (decisão temporária) que mantinha o shopping aberto.
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