Da Efe
Pinturas, ilustrações e outros documentos localizam os galos de briga na China há cerca de 2.500 anos. Também na antiga Roma, a dos circos e coliseus onde se sacrificavam outros animais e até humanos, se criava estas aves, assim como no Paquistão, na Índia e no Egito.
A Espanha as levou para a América Latina, onde se mantiveram apesar de grupos defensores dos animais buscarem sua extinção, ao considerar que são práticas anacrônicas que violam os direitos mais básicos da vítimas: "não serem maltratadas nem morrer por simples diversão dos humanos".
Quem as defende, sustenta que a morte de um galo de briga é "mais digna" que o sacrifício de milhares de frangos nas fazendas avícolas.
Na Espanha, só nas Ilhas Canárias e na Andaluzia são permitidas, assim como em poucas regiões dos Estados Unidos, e embora sejam proibidas, sua prática é clandestina nas Filipinas.
Em Porto Rico é considerado um esporte nacional e em algumas regiões do México são motivo de uma devoção quase religiosa, enquanto em Colômbia, Venezuela, Nicarágua, República Dominicana e Peru se distinguem pela criação de "galos finos" para as brigas.
A rinha de galos, um fervor latente
O fervor em relação a estas aves no Equador elevou para quase dois milhões o número de seguidores e para 1.500 o de criadores desta espécie milenar, da qual vivem direta ou indiretamente entre 60 mil e 100 mil famílias, segundo seus partidários.
O governo colocou em alerta todos os criadores de galo de briga equatorianos quando anunciou uma consulta popular que incluía a proposta de eliminar os espetáculos no qual animais são mortos por diversão.
No entanto, a Corte Constitucional modificou o texto, que agora proíbe os espetáculos que tenham como "finalidade" a morte do animal, o que afeta as touradas, mas não as brigas de galos, segundo o governo.
Nas brigas frequentemente as aves morrem, mas não é este o objetivo, segundo afirma Guillermo Lomas, criador e dono do "Palenque Revuelos", da localidade de Calderón, norte de Quito, que ressalta que os galos são criados para vencer, "não para morrer".
Para Lomas, a criação de galos e as brigas não são somente uma torcida, um esporte ou uma expressão cultural, mas "uma forma de vida, é o melhor da vida".
Os galos de briga têm "características genéticas" próprias para lutar em um espetáculo no qual o povo se diverte, mas também fica nervoso, impetuoso e até frenético, embora sem chegar a um estado de violência.
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