A concentração começou ainda pela manhã em frente ao Copacabana Palace. Por volta de meio-dia, cerca de 700 pessoas seguiram em direção ao Leme, onde a ONG Rio de Paz montou um varal com 429 camisetas na areia da praia simbolizando os militares presos.
Como tem acontecido desde o início das manifestações, muitas mulheres e crianças participaram do ato, que transcorre de forma pacífica. Apenas homens da CET-Rio atuam no local para orientar o trânsito na avenida Atlântica, que teve a faixa da direita interditada ao trânsito na altura da avenida Princesa Isabel.
Cerca de 14 ônibus com bombeiros lotados no interior do Estado eram aguardados em Copacabana, mas até o meio dia os veículos ainda não haviam chegado ao Rio.
O cabo Benevuto Daciolo, um dos líderes do movimento, disse acreditar que houve uma tentativa de esvaziar o movimento porque muitos militares foram convocados para uma solenidade no complexo de ensino da corporação em Guadalupe, na zona oeste do Rio, enquanto outros foram escalados para trabalhar quando deveriam estar de folga.
- Nós sabemos que haveria um público expressivo, mas poderia ser bem maior. Nenhum ônibus chegou do interior, queremos saber o porquê.
Na próxima segunda-feira (4), as lideranças dos bombeiros vão até a Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio) para tentar conversar com o presidente da casa e aliado do governador, o deputado Paulo Melo (PMDB).
Partidos políticos, sindicatos, deputados federais da bancada fluminense, como Jandira Feghali (PCdoB) e Liliam Sá (PR), e até o blogueiro Ricardo Gama aproveitaram o palanque e falaram aos bombeiros do alto de um carro de som.
O movimento organizado pelos bombeiros para agradecer o apoio às reivindicações da categoria acabou se tornando um grande ato de oposição ao governo Sérgio Cabral (PMDB), com a presença, ainda que em menor número, de policiais militares e profissionais da saúde e educação.
Também participaram da manifestação cerca de 60 socorristas do Samu demitidos pelo governo Cabral em 2008. Eles haviam sido contratados três anos antes, na época em que o governo federal interviu na saúde do Rio, mas foram substituídos por bombeiros militares.
O grupo reivindica a volta de profissionais civis para o atendimento de emergência à população. Segundo o condutor socorrista Leandro Vabo, muitos demitidos estão trabalhando em outras funções para sobreviver.
- Foram demitidos 1.500 profissionais do Samu para serem substituídos pelos bombeiros. Nós tínhamos um contrato de tempo indeterminado com o Ministério da Saúde.
A concentração de bombeiros chamou a atenção de muita gente que passava pela orla ou fazia caminhada pela manhã. Muitos tiravam fotos e paravam para ver as camisetas penduradas na areia e os cartazes trazidos pelos bombeiros.
Concentração dos bombeiros começou em frente ao Copacabana Palace, na zona sul do Rio de Janeiro
Mais uma vez mulheres e crianças estiveram presentes nas manifestações
Com uma camiseta customizada, o labrador Kiko foi muito solicitado para fotografias
Kiko participou de toda a manifestação, que transcorreu em clima pacífico
Muitos carros usavam fitas vermelhas e adesivos de apoio às reivindicações dos bombeiros
Líder do movimento, o cabo Benevuto Daciolo orieta os militares a manter a calçada liberada para os pedestres
Antes de seguir em direção ao Leme, os militares se concentraram para ouvir o discurso dos deputados
A deputada federal Jandira Feghali falou sobre a atuação da Câmara para conseguir a anistia criminal
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